sexta-feira, 2 de abril de 2010

Como é o tratamento da DA?

Como é o tratamento da DA?

Infelizmente ainda não há cura para a DA; portanto, o principal objetivo do tratamento é minimizar os danos e a progressão da doença. Como a DA é uma doença que se manifesta por alterações do comportamento e afeta o cérebro de idosos, as especialidades médicas que geralmente tratam de indivíduos com DA são a psiquiatria, a neurologia e a geriatria.

Faz parte do tratamento a presença de cuidadores, que devem ser adequadamente orientados sobre como lidar com alguém com a DA e sobre mudanças ambientais que devem ou não ser feitas. O trabalho do cuidador é muito cansativo, pois há um grande esforço físico e emocional. O ideal é que mais de um profissional, ou familiar, assumam esta responsabilidade, para o estabelecimento de turnos de repouso. Essas orientações buscam proporcionar o máximo de segurança e a melhor qualidade de vida possível para os pacientes e seus cuidadores.

Existem 2 classes principais de medicamentos para o tratamento da DA. Uma é representada pelos medicamentos denominados de anticolinesterásicos e a outra, até o momento representada por um único medicamento, é a do antagonista dependente de voltagem dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA).

Os medicamentos chamados de anticolinesterásicos diferem entre si por terem ações sobre 2 enzimas do tipo colinesterase, a acetilcolinesterase e/ou a butirilcolinesterase, além de ação sobre receptores nicotínicos. Essas 2 classes de medicamentos agem de forma totalmente diferenciada no cérebro e podem ser usadas isoladamente ou associadas.

No cérebro de indivíduos com DA há uma diminuição da amplitude do sinal e um aumento do ruído de fundo, o que dificulta todos os processos. Os anticolinesterásicos agem através da amplificação do sinal e o antagonista dependente de voltagem dos receptores NMDA diminui o ruído de fundo. Dessa forma, a resultante do tratamento com um destes medicamentos - ou com ambos - é uma modificação das alterações inerentes à doença, o que resulta na diminuição da progressão da mesma.

Outras substâncias já foram estudadas no tratamento da DA, tais como as vitaminas C e E, alguns antiinflamatórios, o gingko biloba etc. Porém, não há evidências em estudos científicos que justifiquem a utilização das mesmas.

Atualmente, existem pesquisas de novos medicamentos e vacinas em andamento, que poderão representar opções promissoras para o tratamento da DA.

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